terça-feira, 13 de agosto de 2013

Notícia

Venda de imóveis novos residenciais em SP cresce 46% no semestre


Foram comercializadas 17.500 unidades de janeiro a junho, diz Secovi-SP.
Vendas de imóveis de 1 dormitório cresceram 330% em relação a 2012.



As vendas de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo cresceram 46% no primeiro semestre deste ano, segundo pesquisa divulgada pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP) nesta terça-feira (13). De janeiro a junho, as vendas somaram 17,5 mil unidades – no mesmo período de 2012, haviam ficado em 11.981.
A entidade classificou o comportamento de vendas e lançamentos como surpreendente, dado o "momento de incerteza no ambiente econômico". "Efetivamente, o mercado teve um desempenho surpreendente", admitiu Cláudio Bernardes, presidente do Secovi.
No entanto, os executivos dizem que “não dá para imaginar que vamos ter anos posteriores com esse resultado”. “Continuamos com bons fundamentos, como bônus demográfico, criação de empregos, juventude precisando morar mais perto do trabalho, crédito abundante, taxas baixas. Podemos prever a continuidade de um ciclo de crescimento, mas não dá para prever o percentual (para os próximos anos)”, disse Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.
A entidade projeta o crescimento de 30% em termos de vendas de unidades em 2013. A expectativa é encerrar o ano com 33 mil unidades lançadas e 35 mil unidades vendidas.
1 dormitório
Um dos destaques da Pesquisa do Mercado Imobiliário foi o crescimento expressivo da venda de unidades de 1 dormitório, que passou de 964 unidades vendidas entre janeiro e junho de 2012 para 4.147 imóveis no primeiro semestre deste ano - crescimento de 330%.
As unidades de 1 dormitório representaram 23% das vendas acumuladas nos seis primeiros meses deste ano, contra 8% de participação da primeira metade de 2012, informa o Secovi-SP.
Este grande crescimento dos imóveis de 1 dormitório foi, em parte, devido à capacidade das incorporadoras adequarem “a mercadoria ao bolso do consumidor”, disse Emílio Kallas.
Os imóveis de 2 dormitórios continuam com a maior participação no mercado, de 44% sobre o total vendido e 7.753 unidades no semestre.
A comercialização em valores acumulada no semestre, medida pelo indicador Valor Global de Vendas (VGV), representou movimento da ordem de R$ 10,6 bilhões, atualizado pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI, da FGV), equivalente ao crescimento de 63% em relação ao montante de R$ 6,5 bilhões do primeiro semestre de 2012.
Preço
De acordo com a pesquisa, o preço médio do metro quadrado da área útil cresceu 12% no acumulado de julho de 2012 a junho de 2013, sendo que a variação real foi de 6%. Para o Secovi-SP, o resultado das vendas do primeiro semestre poderia ter sido ainda melhor, não fosse esta alta.
Os custos se elevam, de acordo com o sindicato, porque os empreendimentos viáveis em regiões tradicionais da cidade sofre a pressão de preços dos terrenos, em consequência, dentre outros fatores, das contrapartidas previstas na legislação urbanística.
“Um fato importante que tenho batido muito são as contrapartidas, que estão ficando caras demais e isso vai para o bolso do consumidor. Quanto mais a empresa paga de contrapartida, mais caro fica o apartamento, mais caro fica o escritório. Como regra do capitalismo, isso é obrigado a ir no preço do apartamento”, disse Emílio Kallas, vice-presidente de Incorporação Imobiliária do Secovi-SP. “Seis por cento de aumento real é doloroso, é muita coisa”, admitiu.

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